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Quebrando contos de fadas, a gente precisa dizer: nem toda madrasta é vilã. Aliás, muitas delas são heroínas silenciosas, que chegam no meio do caminho e, em vez de afastar, somam. Costuram vínculos com respeito, acolhem com cuidado e, acima de tudo, lembram ao homem que escolheram amar… que filho não é detalhe. É prioridade.
Madrasta boa não disputa espaço com o ado — entende que filho não é ex. É laço eterno.
Ela não exige exclusividade, exige responsabilidade.
Ela sabe que amor de verdade não nasce da exclusão, mas da presença comprometida.
Ela incentiva o pai a estar.
A participar.
A assumir seu lugar não apenas no nome, mas na rotina.
A entender que ser pai vai muito além da foto de fim de semana ou do presente na data certa.
Madrasta boa não tolera desculpas esfarrapadas.
Ela não embala ausência em papel bonito.
Ela olha nos olhos do parceiro e diz, com maturidade e firmeza:
“Antes de ser meu companheiro, você é pai. E isso precisa vir primeiro.”
E, nesse gesto, ela não se diminui. Se engrandece.
Porque só quem é realmente seguro do próprio valor entende que não se perde nada ao fazer o outro ser mais — mais presente, mais humano, mais pai.
Essa madrasta, que não tem título no registro, mas tem caráter no peito, transforma.
Ela cura feridas, aproxima laços, fortalece vínculos.
E ensina — com ações — que amor não se divide: se multiplica.
Quem dera toda criança tivesse uma madrasta assim:
Não uma substituta, mas uma aliada.
Alguém que sabe que amor de verdade é aquele que empurra o outro para o que é justo, mesmo quando dá trabalho.
Alguém que entende que, no fim das contas, o que vale não é o papel que se ocupa, mas o afeto que se deixa.
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